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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Os cegos da sabedorias

OS CEGOS DA SABEDORIA
Eduardo Pizzolante


Em um tempo não muito distante do nosso, houve um homem que procurava incansavelmente a sabedoria e a beleza de uma vida, que acreditava não poder encontrar naquele pequeno lugar onde vivia.
Este cego pensamento, o fez um dia, sair de seu povoado, e ir atrás de locais onde acreditava poder encontrar a tão desejável sabedoria, saindo de casa com um certo ar de desprezo para aquilo que deixava para trás, e com um peito cheio de orgulho próprio, pensando nas boas possibilidades que viriam à frente.
Durante sua trajetória ao desconhecido, percebeu que um homem em trajes puídos, sujos e extremamente humilde, costumava estar nas mesmas tavernas que ele, ou nos mesmos locais que parava para descansar. E a repetição de ver alguém tão pequeno sempre ao seu lado, começou a lhe incomodar.
Insatisfeito com a situação resolveu ir até o humilde homem, lhe pedir satisfação e solicitar que o parasse de seguir, pois estava em busca da mais alta sabedoria, e não poderia ser incomodado por alguém tão insignificante.
O homem de trajes sujos e aparência humilde levantou-se, parou diante ao viajante, pegou um pedaço de papel em um dos bolsos do sujo paletó e o entregou ao homem, com um sincero e divino sorriso em seus lábios.
Imóvel ante a ação do indigente, o homem apenas o acompanhou indo em direção ao sol, olhando firmemente suas costas se perdendo ao horizonte, e apenas se deu conta do que havia recebido, alguns instantes após aquele estranho homem de barbas longas e cabelos sujos ter desaparecido. E leu em voz alta, como se estivesse em um oratório:
- A sabedoria vem do coração e contagia o exterior com amor e paz. A ignorância vem do exterior e contagia o coração com a escuridão das trevas.
Aliah Pizzolante

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